quinta-feira, 13 de setembro de 2012

O carteiro de Pablo Neruda

Com este livro consegui uma proeza que não conseguia desde a última vez que li um livro de uma aventura. Começar e acabar um livro, no mesmo dia!

O livro é deliciosamente bem escrito, consegue atingir o meu coração de manteiga e conseguiu também fazer-me rir em voz alta, fazendo com que os que me rodeiam olhassem para mim como se eu tivesse um qualquer problema mental.

É bem pequeno e a prova que às vezes os maiores tesouros vêm em embalagens pequenas.

Já o tinha comprado há algum tempo, no Jumbo, naquelas promoções que eles fazem e que me põem a pensar: para estar tão barato não deve ser grande coisa. Enganei-me!

Gostei bastante e recomendo!

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

A Natureza Inspira-me

Vamos sacudir as tristezas, já que estas nem pagam contas nem fazem bem ao espírito.

Este ano, descobri que até nem tenho tão pouco jeito para a pintura como pensava. Quer dizer, não estou a querer, com isto, dar a entender que tenho talento, mas não sou tão má como pensava!

Foi por isso que quando precisávamos de um quadro para o quarto, decidi ser eu a tentar pintar. Comprei um bloco de papel próprio para pintura a óleo e\ou aguarela, fui fazendo esboços; comprei uma tela no chinês (das mais pequenas) e fiz mais uma tentativa; até que escolhi um dos 3.000 temas diferentes.

Comprei uma tela de qualidade e bastante grande, inventámos um cavalete com uma floreira e umas estantes, e durante algumas tardes (durante a hora da sesta), lá fui eu pintando, aos poucos. Primeiro a base. No dia seguinte o azul do céu. Depois os ramos. Depois dos ramos as folhas e os frutos com pastel. Ainda passei com pastel a óleo nos ramos, para dar mais dimensão... Finalmente uma camadita de verniz... Quando terminei fiquei a torcer o nariz, no esboço a árvore tinha ficado mais frondosa... Mas depois de colocado no quarto até, confesso, que já gosto bastante dele! Agora fiquei até com vontade de pintar os restantes esboços. Tenho um esboço de papoilas que ainda vai ter que acabar em quadro, nem que seja para depois ficar a embelezar a garagem...


 O engraçado é que me estava a inspirar numa oliveira e o F. disse-me que em vez das azeitonas verdes ou pretas, queria frutos vermelhos - porque o quarto precisa de cor e vermelho fazia mais contraste com o azul. Claro que a artista teve que aceder ao pedido do seu Mecenas, por isso agora temos aqui uma representação naïf (como diz o meu sogro) de um híbrido de oliveira com... uma cerejeira??


P.S: quero desde já agradecer ao fotografo (cof cof F.) por ter tirado uma foto tão torta que até dá dó.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Adeus Luxo

Este fim-de-semana o país parou para vermos o como o Governo ainda nos consegue ir mais ao bolso. A verdade é que o ditado diz: "Quem quer, pode" e eles querem o nosso dinheiro e podem roubá-lo legalmente.

E pronto, foi assim, que num ápice vi desaparecer mais € do meu parco ordenado. Só pensei... wow, excelente, lá vou eu para a casa dos 500 e tal €.

E depois ainda me perguntam quando é que eu tenho filhos... como é que eu vou ter uma criança (que, queiram ou não implica sempre um aumento de gastos) se cada vez ganho menos dinheiro? Normalmente quando se começa ganhamos pouco, e ao longo dos anos vamos ganhando mais.... nos dias de hoje parece ser o oposto. Eu quando tiver um cachopo, quero dar-lhe tudo e mais alguma coisa, tudo o que eu quis e não pude ter... e certamente não é com a miséria de ordenado que ganho, que vou poder dar o meu reino ao meu principe :(

E agora, é dizer adeus aos luxos (porque as marcas brancas já imperam lá por casa em tudo o que é possível optar pela grande marca Auchan ou Polegar; já há muito que optamos pelos sacos de fruta de 1kg de maçãs e peras por 0,60€ para se fazer sumo, ao invés de comprar refrigerantes e sumos que de fruta não têm nada; a carne predilecta é o frango e o porco - mas por acaso nem é pelo preço, é que eu detesto carne de vaca; os iogurtes são caseiros; a última vez que fomos ao cinema foi para ver o Call Girl; festivais e concertos vamos quando nos oferecem o bilhete; as férias costumam ser feitas com os vouchers Vila Galé que nos oferecem; as pizzas são feitas em casa com a maluca da Bimby; a gasolina é da mais barata; e o arroz é o acompanhamento de eleição do F.).

Esses grandes luxos que nós temos, porque somos uns malucos (!): fiambre Nobre; aquelas embalagens de frutos vermelhos que há no supermercado; uma embalagem de Häagen-Dazs de vez em quando, pois apesar de ser o Céu na Terra é coisa de engordar para chuchu; algumas coisitas da secção gourmet que compramos para aí de mês a mês- chás e compotas; vernizes e livros.

TXARAAAAN! Gostaram dos meus luxos? Graças a Deus que até nem sou muito estragadeira e tenho conseguido fazer algum pé-de-meia. Parece-me que qualquer dia, vamos estar todos a regressar à agricultura, só para podermos ter alguma coisa para comer!

Agoram digam assim em coro:

BYE BYE!!!!


Mas se é para ir ao fundo, vamos despedir-nos em estilo :D


 
mãos: M.A.C. Ocean Dip
pés: Chanel Orange Fizz
livro: José Saramago As Intermitências da Morte

domingo, 9 de setembro de 2012

Livros, livros, livros!

É sempre na altura das férias que leio mais livros. Este ano comecei logo pelo livro que vi anunciado como o maior romance português do século XX. Sinais de Fogo de Jorge de Sena...

O maior romance português, só se for em tamanho, porque tenho a dizer apenas: GRANDE COCÓ!!!

As personagens são idiotas, há um exagero estupido de cenas de sexo sem sentido, se for levado a sério tenho a dizer que Coimbra e a Figueira da Foz são optimos destinos para turismo gay; uma das personagens apesar de ser de familia com dinheiro prostitui-se porque tem uma grande pila, e como tem uma grande pila atrai muitas atenções de homens e mulheres então pronto... vai de ser gigolo...; a personagem principal ora ama loucamente, ora não sabe bem, ora até oferece a amada como moeda de troca... e para rematar, ainda tem páginas e página em que Jorge (a grande estrela do pedaço) divaga e divaga sobre tudo e sobre nada, como se fosse um grande filosofo... epá, mas que grande bosta! Antes, depois (e só faltou mesmo o durante) as cenas de sexo com a sua amada, vai papando umas prostitutas, as criadas lá de casa são todas retratadas como umas grandes pêgas que abrem as pernas a qualquer um que tenha €... epá... excelente!!! a sério, mas que belo retrato da época. Nem deu para aprender grande coisa sobre a revolução de Espanha. Enfim, guardem o dinheiro! Isto só me veio provar que quando os criticos de literatura dizem que a obra é fenomenal é das maiores cagadas já escritas.

Mais ou menos o mesmo que me aconteceu nos tempos em que comprava a Premiere e me dava ao trabalho de seguir os conselhos dos filmes geniais que eles por lá falavam...