quarta-feira, 26 de junho de 2013

it really grinds my gears

Há uma coisa que eu adoraria perguntar ao responsável pelo software dos multibancos:

PORQUE RAIO É QUE QUANDO NOS ENGANAMOS NO CÓDIGO, EM VEZ DE DAR LOGO ERRO, SÓ NOS AVISA QUE TEMOS CÉREBRO DE VELHOTA DE 80 ANOS, QUANDO JULGAMOS ESTAR NO FIM DA OPERAÇÃO?!?!?!

Esta semana, tive q ir carregar o telemóvel, debaixo de um sol abrasador, num multibanco onde o sol bate de chapa, os botões fervem e não se vê nada no maravilhoso ecrã... e depois de dar cabo dos dedos para escolher tooooooodas as opções, inserir o número, confirmar o tipo de factura que quero, só nesse momento é que dá o erro do código?!?!? SEUS SÁDICOS!! É nesses momentos em que se eu tivesse uma cadeira à mão partia a máquina toda!!!!!

Felizmente, nunca tenho uma cadeira à mão nos meus momentos de mulher neanderthal...

segunda-feira, 24 de junho de 2013

A nova polémica da blogoesfera

Sobre o texto supostamente escrito pelo Brad Pitt sobre a Angelina...

Uma coisa a dizer:

(e podem linchar-me já, e dizer que sou uma songa monga e bla bla bla whiskas saquetas bla bla bla)

Eu achei bonito. Eu partilhei na minha pagina de Face. Eu não quero saber se é verdadeiramente escrito pelo loiro que não envelhece, ou não. Eu achei bonito. Não me venham com merdas (porque são isso mesmo, merdas) de que "AI eu não preciso que o meu marido me diga que eu sou a maior da minha aldeia, porque eu já sei que sou!" ou " Eu não preciso de homens para ser feliz!!" ou ainda "A mulher é um reflexo do seu homem?!?! que nojo! que condescendência!!"


DEIXEM-SE DE MERDAS! Só isso!!!

Se uma depressão se cura assim? Não! Mas se uma mulher infeliz, se cura assim? Sim! Se é de depressão ou não que se fala no texto, não sei! Nem quero saber! É bonito, porque é a realidade! Tenho amigas que têm tudo para ser mulheres felizes! Boas famílias, filhos lindos, trabalho, amigos... mas têm maridos que são uma merda e que nem para beijar o chão que elas pisam, servem! E são mulheres felizes? São as maiores da sua aldeia? Não!! Pelo contrário! Estão sempre exaustas, estão sempre infelizes, sem forças e sem vontade de ir para casa... Se ter um marido é significado de ser feliz? Não! Ter um BOM marido é logo 99.9% do caminho andado? Acredito piamente que sim! E acredito, porque eu sempre fui "depressiva" (não digo que sofri de depressão, que nunca sofri, mas até o conhecer também nunca fui verdadeiramente feliz!), sempre tive a auto-estima baixa, muitas vezes nem tinha forças nem vontade para sequer sair do sofá e desde que o conheci, a minha vida mudou. Ainda hoje, ao fim de 10 anos, quando o vejo o meu coração bate mais forte. Ainda sinto as borboletas no estômago. Sinto-me verdadeiramente e plenamente feliz! Não é à toa que lhe digo que ele trouxe a Luz à minha vida rodeada de Escuridão! Não é à toa que o amo! Não é pelas prendas que ele me oferece, pelas flores que ele me oferece, pelas férias que fazemos... ele faz-me sentir iluminada! Ele faz-me sentir abençoada! Ele faz-me acreditar que Deus, afinal possa existir! Se ele entrou na minha vida, só pode ser um desígnio divino!

Deixo de ser feminista por dizer que foi um Homem (e sim, um Homem; porque os outros nem rapazes são) que me deu sentido à minha vida? Deixo de ser feminista por dizer que a partir do momento em que o conheci, comecei realmente a viver?

Não! E talvez o que vocês precisem mesmo, é de conhecer um Homem a sério! Que vos trata de igual para igual! Que demonstre que vocês são especiais! Que demonstre que são amadas! Que são únicas!

Deixem-se de merdas, pode ser?

E com isto, não estou a dizer que as mulheres solteiras são umas infelizes! Que só se pode ser feliz ao lado de um homem... Não! Só estou a dizer que, quem vive uma relação, se não tiver um bom marido do seu lado, é impossível ser feliz! Se tiver um homem que chega a casa, atira-se para o sofá, em vez de brincar com os filhos joga Playstation, deixa as meias pela casa, não leva sequer para o lixo as fraldas do bebé, trata a mulher como uma coisa que lhe serve para fazer o comer e lavar a roupa... é impossível que essa mulher seja feliz, não?

O homem não é mais do que a mulher, mas a mulher também não é mais do que o homem. Chama-se a isso igualdade, minha gente. E só com um marido-bom, pode existir uma esposa-feliz.

Capice?

Agora, deixem-se de merdas! Porque raio, é que vivem para encontrar defeitos nas coisas e nas pessoas? Aquilo até pode ter sido escrito na inocência (até porque foi escrito num país em que as mulheres são tratadas abaixo de cão) para demonstrar que os homens devem respeitar as mulheres. Devem amá-las e acarinhá-las para que estas sejam seres humanos mais felizes. Mas nãaaaaaao! Claro que foi escrito por um porco chauvinista que quer demonstrar que as mulheres não têm alma, nem sonhos, nem vida a não ser aquela que o marido encarecidamente lhe permite... Epá! Deixem-se de merdas e preocupem-se com coisas mais interessantes.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Tanto tempo depois...

...e nada mudou. Infelizmente, o ano de 2013 vai ficar marcado como um dos anos em que devo ter ido a mais funerais.

Mais uma pessoa especial nos deixou. Uma vizinha, que quando perdi a minha mãe, assumiu um pouco a figura feminina na minha vida. Foram sempre ela e a filha que traziam um pouco de feminilidade aos meus dias. A E. (a filha) andava sempre a maquilhar-me, a pentear-me... eu era a bonequita dela. Sempre fiz, praticamente, parte da família. Comia em casa deles, eles iam buscar-me à escola, encadernavam-me os livros, a minha vizinha é que fazia sempre as mousses de chocolate para as minhas festas (a minha mãe e o meu pai eram bons a fazer sopa de chocolate...não mousse), eu viajava com eles como se fosse a neta, ia à praia... sempre nos trouxe queijos e bolos da Idanha, nós trazíamos sempre azeitonas, chouriços e queijos da Amareleja... Até mesmo açúcar e café para os meus avós, eles enviavam. Mais do que vizinhos, sempre foram família. E perdê-la assim, tão nova e sem ter tido possibilidade de me despedir é simplesmente deprimente... a última vez que estive com ela, ela estava já doente, mas nunca pensei que não recuperasse. O cancro é simplesmente horrível, e tira-nos as melhores pessoas, quando menos esperamos.

Fico sempre, ligeiramente dormente, quando recebo estas noticias. As pessoas dão-me a noticia, e não sei porquê o meu cérebro não assimila logo as coisas. Fiquei tão dormente, que a ficha caiu-me só quando estava já no trabalho, por detrás do balcão e nesse momento desatei a chorar. Tive que fugir e felizmente nenhum cliente me viu. Ainda demorei bastante a recompor-me, tanto que o meu querido colega F. até me disse que fazia o meu turno e para eu ir para casa. Foi graças a ele que me segurei. Nunca na vida poderia deixar aquele pobre rapaz, sempre pronto a ajudar, sempre pronto a dar um ombro amigo, a fazer sei lá quantas horas só para eu ir para casa recompor-me. Por eu ser fraca. Por isso segurei-me. Consegui recolher forças. Já sei toda a "programação" e sei que quando estas coisas acontecem, primeiro que tudo há que manter a cabeça e o corpo ocupado. O meu grande erro com a minha mãe e o meu avô, foi não ocupar a cabeça. Foi isso que me deitou abaixo. Ficar só a lembrar-me deles, ver as fotos, ouvir as gravações... deita-me abaixo e põe-me num estado depressivo tal, que nem comer como. EU! Eu deixo de comer, quando entro nessas fases. Infelizmente, a vida já me demonstrou o que fazer quando acontecem coisas destas... já tenho experiência demais... há que ir trabalhar e estudar para mantermos a cabeça ocupada, há que correr ou fazer qualquer outro exercício físico extenuante que nos deixe sem forças para pensar, e fazê-lo sempre até ao momento em que finalmente conseguimos pensar na pessoa que perdemos, e não desatar a chorar à frente de todos. Até ao momento em que conseguimos pensar na pessoa, e em vez de lágrimas nos olhos, temos um sorriso afectuoso nos lábios. Até ao momento em que aceitamos que não mais os poderemos ver, e que por mais que possamos chorar e gritar e por mais que nos afastemos de todas as outras pessoas, isso não servirá de nada a não ser ficarmos mais deprimidos.

Se começo a ir abaixo com tantos funerais? Sim. Começo. Até as minhas "pinturas" (chame-mos-lhe assim) começam a ser deprimentes a mais - até para mim. Mas não posso deixar ir-me abaixo, quando apesar de tudo isso, ainda me sinto abençoada. Ainda me sinto abençoada com as pessoas que ainda me rodeiam. Com a saúde que temos. Infelizmente, ninguém escapa à morte. Nem mesmo nós. E por isso, há que aproveitar a vida enquanto podemos, homenageando as pessoas queridas enquanto podemos e a melhor homenagem que podemos fazer é viver. Isto tudo é muito bonito, dito assim, hoje, quando já não me dói o peito só de respirar. Mas há dias bons e dias maus. Graças a Deus, ultimamente tenho tido dias menos maus.