domingo, 25 de agosto de 2013

O meu marido tem a mania que faz stand-up

Imaginem a cena... já caiu a noite e estamos a preparar-nos para deitar. Eu dou uma borrifadela do perfume Intimissimi (com um leve cheiro a talco que adoro, e que de vez em quando uso para me deitar porque simplesmente adoro o cheirinho a talco). Deito-me e quando estou quase a adormecer entra o F. no quarto e começa a snifar o ar. Olha para mim docemente e diz:

F.- O que raio é que andaste a pôr?
I.- Perfume.
F.- Mas que perfume? Cheira aos perfumes de casa-de-banho...
I.-ESTÁS A DIZER QUE CHEIRO A BRIZE?!?!

E passado uns segundos, começa a rir-se e a dizer "Eu tenho muita piada! Eu sei! Eu podia ter feito carreira..."


Juro por Deus, que às vezes só com muita força de vontade é que me aguento e não lhe bato...


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Livros... O MEU REINO EM TROCA DE LIVROS!!!

Este ano na Feira do Livro, desgracei-me totalmente. Acho que cada ano que passa, gasto cada vez mais dinheiro - até porque os que me apaixonam e que estão a preços proibitivos nas lojas (a.k.a. o último livro do escritor Salman Rushdie que custava quase 30€...) vou guardando numa wishlist para depois ir à caça na Feira do Livro.


Foi lá que fiz uma compra que há anos! MENINAS, AAAAANOS que andava atrás deste livro e sem sucesso, até que de repente, começou a pipocar por todo o lado e eu aí soube... eu soube que encontraria este menino na Feirinha mais fofinha de toda a nossa paisagem lusa.


1984 de George Orwell. Sim, o livrito de que se fala sempre, quando estreia uma nova temporada do Big Brother. Quem gosta de ler, este é obrigatório! Foi dos melhores livros que já li na minha vida! Não se enganem, o seu núcleo é politico, mas entramos de uma maneira na vida da estranha Oceânia de 1984 - imaginada em 1949 - com um governo que vigia todos os nossos passos... quer dizer, todos todos não, já que a prole (ou, os trabalhadores) são considerados tão abaixo da humanidade que interessa, que esses podem dar-se ao luxo de viver em liberdade, em que o passado é alterável, e que o slogan politico passa por Liberdade é Escravidão, Guerra é Paz... uma pessoa fica, literalmente, agoniada com o que lê (especialmente quando o colocamos em perspectiva com o nosso mundo actual). Simplesmente fantástico.



E como tem tudo a ver, de vez em quando gosto de ler em Inglês, para ir treinando o vocabulário. Se a Jane Austen e o Dickens em inglês, me fazem ir ao dicionário algumas vezes, e têm uma leitura mais lenta, os da Sophie Kinsella são devorados em poucos dias, neste caso em 2. É o chamado livro pipoca, super fácil de ler, mas de uma pessoa se rir que nem uma perdida - tipo louca - de maneira que nos olham de lado a pensar que nos falta uma carta no baralho. É a escolha perfeita para uma folga, em que nos queremos divertir - acima de tudo - e que não cansa em demasia a massa cinzenta. Como todos os livros dela, adorei. Não me ri tanto como com o Viciada em Compras ou o Deusa do Lar mas, como sempre, uma pessoa consegue pôr-se no lugar daquela miúda despassarada e ingénua e ficar a adorar a personagem masculina mais racional... com mais juízo. Ok... talvez eu me veja sempre um pouco nos livros dela, porque eu sou uma despassarada ingénua, com um homem perfeito e racional que me consegue puxar um pouco para terra, quando aqui a je entra na la-la-land. É o tipico livro que daria uma excelente comédia romântica. Porque nós já sabemos à partida como a história vai acabar, mas não queremos perder pitada do trajecto até aqueles 2 tão diferentes e tão casmurros finalmente perceberem o quanto gostam um do outro.