Ai Lisbeth... desde que vi os filmes que fiquei ligeiramente apaixonada pela personagem. Em parte porque me revejo um pouco (apesar de não ter piercings, nem crista, nem tatuagens - estas principalmente só porque tenho medo que a tinta me faça alergia, já que eu sou alérgica a tudo e mais alguma coisa), e por outro lado porque foi belamente interpretada pela Noomi. Até o nome Lisbeth. Adoro! Claro que depois dos filmes, tive que comprar os livros (naquela edição fofa da Bertrand) e estes até têm lugar de destaque na minha estante - pus de lado para que se veja o dragão, da tatuagem dela, em grande plano.
Devo dizer que ainda gostei mais do livro (como creio ser habitual a todos os ratinhos de biblioteca), mas o filme nunca me saiu da memória e vejo agora que foi uma bela adaptação da obra.
Confesso que foi uma bela surpresa, e provou-me mais uma vez, que por vezes as criticas que lemos das obras não querem dizer nada. Quando andei a investigar os livros, por causa dos filmes, li criticas que a personagem da Lisbeth é um exagero, quase uma super-heroina e bla bla bla e tudo o que eu vejo quando leio os livros e vejo o filme é uma mulher extremamente humana, que já sofreu muito e que é por isso que é tão soturna. Só quem já sofreu entende que depois disso, nunca mais somos totalmente felizes e alegres. Até mesmo eu, que o que sofri não foi directamente e sim ao ver o sofrimento da minha mãe... a perda dela nunca mais deixou de ensombrar a minha alma. Tive mesmo fases, em que como a Lisbeth só queria estar à parte do mundo, e vestir-me toda de preto para a imagem por fora espelhasse a côr da minha alma. Claro que ultrapassamos a dor. Mas nunca totalmente... O medo de se voltar a repetir... esse, fica sempre cá.
Fiquei fã e viciada e já não consigo largar a 2º volume da saga
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